17/03/16

INVESTIR NOS RECURSOS HUMANOS É FUNDAMENTAL

    Hoje é noticiado nos jornais que o Governo vai investir 17 milhões de euros para modernizar os táxis. Esses milhões vão vir do Orçamento do Estado e de Fundos Comunitários. Desses milhões o Estado Português vai gastar 14 milhões de euros para a renovação da frota de táxis, por via de incentivos ao abate, além de apoios à compra de carros eléctricos ou híbridos. Também o Governo quer regular o negócio do transporte individual de passageiros. A ideia do Governo é usar 1 milhão de euros para formação com vista a promover acções de capacitação para motoristas, mais 1 milhão de euros para gastar com tecnologias de informação e comunicação.
 
   Ora perante esta despesa e conhecendo a situação actual dos Assistentes Operacionais, vejo-me no direito de fazer algumas perguntas:
   Quanto vai investir o Ministério da Saúde com os Assistentes Operacionais?
   E quando é que o Ministério da Saúde regulamenta a carreira dos Técnicos Auxiliares de Saúde?
   Como e quando o Ministério da Saúde decide chegar a acordo para agregar os actuais Assistentes Operacionais ( Área da Saúde ) na mesma profissão dos Técnicos Auxiliares de Saúde?
   Nos hospitais do SNS ouvem-se diariamente queixas e lamentos sobre a falta de assistentes operacionais. Faltam assistentes operacionais em muitos serviços e há quem afirme que existem assistentes operacionais a mais noutros. A verdade, pelo menos a minha opinião, é que ambas as versões são verdadeiras.
    Esta semana um professor da Faculdade de Medicina do Porto pôs o dedo na ferida e disse ao Jornal de Notícias que "Precisamos de auxiliares. Eles são fundamentais. No meu serviço, houve um auxiliar que teve de fazer 11 noites. Há um limiar de recursos humanos, abaixo do qual não se consegue obter qualidade".


Artigo do Jornal de Notícias
 
   Dr.António Sarmento responde sobre os assistentes operacionais:



   No universo dos trabalhadores do Ministério da Saúde, em 2011, existiam
28 063 assistentes operacionais. 



   Para onde caminhamos?
   Os Assistentes Operacionais são ou não fundamentais para um melhor serviço do Serviço Nacional de Saúde?
   O Governo tem ou não o dever de investir neste grupo de profissionais?
   E se cada um de nós tivesse a oportunidade de se encontrar cara a cara com o Ministro da Saúde, que palavras e sonhos lhe davam a conhecer?

14/03/16

A PACIÊNCIA TAMBÉM ACABA

 

 Nestes últimos tempos, as condições de trabalho e as relações com os superiores hierárquicos dos assistentes operacionais, que trabalham nos hospitais portugueses, estão a tornar-se cada vez mais frágeis e este grupo profissional começa a dar sinais de algum cansaço físico, psicológico e emocional.
   Todos os meses enfrentam os mesmos problemas e começam logo pela elaboração dos horários de trabalho. Ao contrário do que lhes é transmitido, é raro o mês em que um horário de trabalho seja concluído em tempo normal, ou seja, a primeira versão do horário, a maior parte das vezes, chega às mãos dos assistentes operacionais lá para o dia 24, 25 ou até no último dia do mês precedente. Ora este atraso acarreta algumas dificuldades para que os assistentes operacionais tenham tempo de organizar a suas vidas particulares e familiares de acordo com a sua vida profissional. E como só têm conhecimento das escalas quase no final do mês, por vezes, uma toca de turno torna-se difícil de concretizar e os responsáveis da elaboração dos horários vêem-se incapazes de satisfazer as necessidades de quem precisa de trocar o horário.
   Estamos a viver uma época em que se faz ( e não se devia fazer ), e não se faz ( mas deveriam fazer ) e se desfaz ( aquilo que não deviam desfazer ), nos nossos hospitais portugueses. Nenhum trabalhador gosta de ser ignorado, seja por quem for, muito menos por aqueles que têm a missão de incentivar, motivar e apoiar nos bons e nos piores momentos vividos durante a jornada de trabalho.
   Sabemos todos que a nossa carreira está por regulamentar, que os nossos salários são dos mais baixos do país, que nos prometeram uma solução em relação à transição de assistentes operacionais para Técnicos Auxiliares de Saúde. Promessas apenas e só promessas! Os assistentes operacionais continuam a trabalhar e o Ministério da Saúde nada diz, nada faz.
   Começa a ser preocupante a desmotivação de alguns dos nossos colegas e está na hora de voltar a reivindicar o direito a uma carreira profissional regulamentada, a uma verdadeira mudança organizativa e salarial dos actuais assistentes operacionais que exercem as suas funções ao serviço da saúde, nomeadamente nos hospitais e centros de saúde do nosso país. 

05/03/16

A PROPÓSITO DE REVISTAS NOS HOSPITAIS

A Secretaria-Geral do Ministério da Saúde emitiu uma Circular-Informativa a divulgar por todos os serviços e organismos que integram o Serviço Nacional de Saúde com vista à reposição da legalidade, salientando que tal prática é ilegal e colide com os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.