24/03/09

NEUROCIRURGIA H.S.JOÃO E AUXILIARES ACÇÃO MÉDICA

É com exemplos como o que é seguido pelo Serviço de Neurocirugia do Hospital de São João que os profissionais contribuem para a melhoria da qualidade dos serviços que prestam aos utentes.
No site do H.S.João, no sítio da Neurocirurgia, encontrei isto:

AS ACTIVIDADES DOS AUXILIARES DE ACÇÃO MÉDICA
Os auxiliares de acção médica desde algum tempo que deixaram de ser vistos como o elo mais “fraco” da equipa de saúde. Pelas suas intervenções e práticas bem definidas, assumem um papel preponderante e indispensável ao bem-estar do utente. Através de uma colaboração estreita com a equipa de enfermagem têm um plano de trabalho estruturado, englobado na equipe e no perfil das suas competências.
Pelo facto de passarem grande tempo dos seus turnos em intervenções aos utentes, embora na maioria delas com a supervisão da enfermagem, é fundamental manterem uma atitude compreensiva, alegre e encorajadora, pois algumas práticas envolvem a privacidade e a intimidade do utente. Sendo obvio o reflexo que estas apresentam ao longo do internamento. Das actividades e intervenções desenvolvidas pelos auxiliares de acção médica destacámos as seguintes:
- Colaboram sob a supervisão técnica na prestação de cuidados de higiene e conforto do utente;
- Acompanham e transportam os utentes em cama, macas e cadeiras de rodas de e para o serviço;
- Auxiliam nas tarefas de alimentação;
- Auxiliam nas tarefas de recolha de material para análise;
- Zelam pela manutenção do material utilizado nos cuidados prestados aos utentes;
- Procedem à recepção, arrumação e distribuição de roupa lavada e manuseamento de roupa suja;
- Asseguram as tarefas de mensageiro e transporte de medicamentos, material de consumo clínico e outros necessários ao normal funcionamento do serviço;
- Procedem à limpeza do serviço, equipamentos e acessos seguindo as normas de higiene definidas pela comissão de controlo da infecção hospitalar;
- Fazem parte do grupo de trabalho do serviço responsável pela humanização, através de um elemento representativo;
- Fazem parte dos grupos de trabalho a quando da realização de formação e eventos.

In http://www.hsjoao.min-saude.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=29646

Os agradecimentos à enfermeira Isabel Ribeiro e ao Professor Rui Vaz pelo contributo que dão para a dignificação dos Auxiliares de Acção Médica do serviço de neurocirurgia.

SIGILO PROFISSIONAL


O doente é um ser humano, cidadão livre, com direitos inalienáveis e como tal necessitam de ser respeitados.

O sigilo profissional faz parte dos valores éticos que devem ser seguidos pelos profissionais de saúde, logo, pelos Auxiliares de Acção Médica.

Ao lidar com o doente, o Auxiliar de Acção Médica deve ter sempre presente duas coisas:

1-Ajudar

2-Não prejudicar o doente

A lealdade para com o doente é para levar a sério. O A.A.M. deve garantir o sigilo profissional, não revelando a ninguém, fora da equipa de saúde, dados relacionados com o doente ou a sua doença. As informações que vai recebendo, através das conversas que vai tendo com o doente, com os familiares ou com as visitas ou ainda com os enfermeiros do serviço, devem ser encaminhadas para quem estão autorizados a dá-las às outras pessoas.

No meu Contrto de Trabalho, no Artº.10º diz:


1-"O/A Segundo/a Contraente ( eu ) obriga-se a manter rigoroso sigilo e não divulgar a terceiros, durante ou depois da cessação deste contrato, quaisquer informações sigilosas, relativas ao estado de saúde das pessoas ou a qualquer factos ocorridos dentro do Hospital, documentos, dados científicos, comerciais ou técnicos, quaisquer aspectos sobre a organização, métodos, projectos, pareceres, relatórios, estudos, listagens, contratos, registos informáticos, dados pessoais ou profissionais sobre colaboradores, pacientes, ou qualquer outra informação, relacionados com o Primeiro Contraente ( hospital ) ou terceiro com o qual este mantenha relações, obtidos ou elaborados no âmbito do exercício da sua actividade nos termos deste contrato."

2-....

3-....


Vem este texto a propósito da aflição vivida por um colega, auxiliar de acção médica, que por razões ainda desconhecidas, ontem foi ao "tapete vermelho" para explicar a fuga de informações relativas ao estado de um doente que esteve internado no hospital.

Por vezes esquecemo-nos dos nossos deveres e dos nossos direitos. Todos sabemos que ninguém gosta de interferências na sua vida privada ou da sua família. Mas, quantas vezes os Auxiliares são pressionados por familiares a revelar informações relativas a um doente?

Para o meu bem e para o bem de todos, em situações como esta vivida pelo colega, eu encaminho as pessoas, sedentas de informação, para o médico ou para a equipa de enfermagem, mas com desculpas cuidadas e não intempestivas.

22/03/09

PERFIL DO AUXILIAR ACÇÃO MÉDICA

A figura do Auxiliar de Acção Médica já não é aquela que falavam há uns anitos passados. Actualmente, o nível cultural dos AAM está a subir consideravelmente e ainda bem. E com esta mudança está a notar-se a preocupação cada vez maior relativamente às ambições para melhorar, pessoal e profissionalmente. Agora começa-se a reconhecer um pouco o trabalho executado pelo Auxiliar de Acção Médica. Mas não chega, é necessário que esse reconhecimento vá mais longe e que no fim de contas nos valorize e nos sejam verdadeiramente oferecidas as condições de trabalho a que temos direito.
Mas, será que se reconhece realmente o trabalho do AAM no hospital?
Um jornal escrito por médicos dizia isto:
"É surpreendente que sejam eles ( os Auxiliares Acção Médica ) as pessoas que contactam primeiro com a pessoa acidentada, são eles que recebem os doentes transportados pelas ambulâncias, transportam com mimo a criança que caiu e partiu um pé; eles, os auxiliares, ajudam a lavar os doentes extremamente graves, com lesões medulares, queimados, traumatizados, dão apoio aos doentes oncológicos, manipulam medicamentos perigosos, são responsáveis pelas visitas, atendem o telefone e mais um sem número de tarefas. Os Auxiliares de Acção Médica são os primeiros a chegar ao hospital e é deles que os médicos se despedem quando saiem e eles continuam o seu trabalho."

Hoje, os Auxiliares de Acção Médica, estão a aprender a ser diferentes. Todos sabemos que exercemos algumas funções que estão obsoletas, ultrapassadas e já não fazem sentido. É o caso da vigilância das portas, do controlo do número de visitas, da limpeza dos serviços. Estas tarefas, hoje com as empresas de prestação de serviços, aliviam o trabalho dos auxiliares e libertam-nos para prestar um melhor atendimento ao utente, ao doente que teve necessidade de ir ou ficar no hosptal. Os auxiliares têm que se adaptar aos novos tempos e lutar por uma melhoria substancial na nossa profissão, com a finalidade de oferecermos uma melhor qualidade assistencial de acordo com o momento em que vivemos.
O grande problema, definitivamente, o nosso grande problema qual é?
Definir claramente o Perfil Profissional dos Auxiliares de Acção Médica em Portugal.
A regulamentação da carreira dos Auxiliares de Acção Médica tem que ser efectuada o mais depressa possível.

As jornadas e os congressos têm sido oportunidades que alguns de nós aproveitamos para debater conhecimentos, partilhar experiências, debater actuações às vezes problemáticas. Mas nunca devem ser oportunidade para criticar cegamente outros colegas ou outros profissionais da saúde. Melhorar a prática profissional diária das nossas tarefas, tanto na vertente técnica como na vertente humana deve ser o principal objectivo desses encontros.
O Auxiliar de Acção Médica é uma necessidade e uma realidade no nosso serviço público e privado da saúde.

19/03/09

AUXILIARES ACÇÃO MÉDICA: CAP PARA QUANDO?

AUXILIAR ACÇÃO MÉDICA: PROFISSIONAL DE SAÚDE?



O Auxiliar de Acção Médica executa um indeterminado número de funções e todas elas necessárias para o desenvolvimento e funcionamento normal dos estabelecimentos de saúde.
O A.A.M. tem sido visto como aquele homem ou mulher que realiza um trabalho “fácil”, isento de responsabilidade, geralmente com um nível cultural baixo e com poucas pretensões para melhorar o seu estatuto como profissional de saúde.
Mas hoje, essa é uma visão que começa a não ser verdade, embora as funções que o A.A.M. continuem a ser praticamente as mesmas, mas nestes últimos tempos nota-se uma maior preocupação na formação destes profissionais e também uma cada vez maior preocupação quanto ao seu futuro.
Hoje, o A.A.M. é mais um dos elementos que integram as equipas multidisciplinares que trabalham nos hospitais, nos centros de saúde e noutros estabelecimentos que prestam cuidados de saúde. Com esta lenta mudança de mentalidades, os A.A.M. assumem cada vez mais uma maior responsabilidade na realização das suas inúmeras tarefas.
Um factor que nos tem afectado é a dupla dependência a que os A.A.M. estamos sujeitos nos nossos locais de trabalho: hierárquica, por um lado, porque dependemos do nosso Encarregado de Sector e por outro, estamos sob as ordens dos Enfermeiros Chefes do serviço onde estamos a trabalhar.
Temos que começar já a construir o nosso futuro. Não deixemos que ninguém o faça por nós. Os A.A.M. são um grupo profissional que está disposto a assumir novos desafios e o principal é sermos reconhecidos como aquilo que realmente somos e executamos no nosso dia a dia: PROFISSIONAIS DE SAÚDE.
Queremos o reconhecimento do nosso trabalho que diariamente vimos a desenvolver na área da saúde e não é ficarmos incluídos num enorme saco de “Assistentes Operacionais”mas devemos exigir aos responsáveis pela Saúde do nosso país uma formação bem regulamentada e dirigida para a nossa categoria de Auxiliares de Acção Médica com o Certificado Aptidão Profissional dando assim cumprimento às directivas da União Europeia. A nossa profissão cada vez mais é mais exigente quanto aos conhecimentos em cuidados de saúde os quais não se devem basear apenas nos anos de trabalho e nos hábitos entretanto adquiridos e nem pela experiência adquirida durante esse tempo, mas deve-se basear na formação profissional contínua.
E se possuirmos o CAP, o nosso estatuto também muda e todos ganhamos com estas mudanças.

18/03/09

19 PERGUNTAS SOBRE O SIADAP

1. O que é o SIADAP e quando foi criado?

É o sistema integrado de gestão e avaliação da administração pública,
isto é, um conjunto de regras para avaliar os funcionários públicos
segundo o seu desempenho no alcance de objectivos previamente
estabelecidos. Este sistema de avaliação já existe desde 2004 – foi
criado pela equipa de Manuela Ferreira Leite, quando era ministra das
Finanças.

2. Por que precisou de ser alterado?


O Governo reconheceu que a entrada em vigor do SIADAP em 2004 foi
“precipitada”. Os serviços não estavam preparados para estabelecer
objectivos e na prática só 5% dos cerca de 740 mil funcionários foram
avaliados nesse ano. No ano seguinte a percentagem foi ligeiramente
superior mas, mesmo em 2006, segundo dados das Finanças, apenas terão
sido avaliados entre 60 a 65% dos trabalhadores do Estado.



4. O que é o QUAR?

É um instrumento de apoio à gestão para avaliar o desempenho. Neste
documento tem de ser definida a missão de cada serviço (para que serve),
os seus objectivos estratégicos (que vão servir de critério para a
avaliação final) e deve ainda conter os resultados obtidos. A ideia é
que o QUAR permita ao gestor do serviço identificar as metas que não
foram alcançadas e assim definir novas estratégias.

5. Cada serviço pode estabelecer livremente os seus objectivos?

Mais ou menos. Há regras que têm de ser respeitadas, mas são
relativamente amplas. Por exemplo, está definido por lei que cada
serviço tem de estabelecer um mínimo de três objectivos: de eficácia, de
eficiência e de qualidade. Não há um limite máximo, mas é sugerido que
não sejam ultrapassados os cinco objectivos, a menos que o serviço seja
de grande dimensão, caso em que o critério pode ser ajustado. No momento
da avaliação, os objectivos são considerados superados, atingidos ou não
atingidos.

6. Há mais orientações para os dirigentes estabelecerem os objectivos?

No documento que lhes foi entregue pelo Governo, são apresentados
exemplos de boas e más práticas. Por exemplo, é considerada uma boa
prática a definição de objectivos que identifiquem claramente o que se
pretende alcançar e sugere-se a utilização de verbos de acção (como
reduzir, garantir, reforçar e diminuir).

7. Na prática, como vão ser avaliados os serviços?

Vão existir dois mecanismos: a auto-avaliação e a hetero-avaliação. O
chefe do serviço faz a auto-avaliação mas, se persistirem dúvidas, o
ministro de que depende o serviço poderá chamar uma entidade externa
para fazer a hetero-avaliação.

8. Qual é a escala de avaliação?

A avaliação final é qualitativa. Os serviços podem ter um desempenho
“bom” (quando atingem todos os objectivos e superam alguns),
“satisfatório” (quando atingem todos os objectivos ou os mais
relevantes) ou “insuficiente” (quando não alcançam os objectivos mais
relevantes). Em cada ministério, os serviços que conseguirem um “bom”,
podem ainda obter uma distinção de mérito (desempenho excelente) que
reconhece que os objectivos foram superados de forma global. Mas só 20%
dos serviços podem ter esta distinção.

9. Como são avaliados os dirigentes superiores?

A avaliação dos dirigentes superiores vai ter por base a carta de missão
elaborada no momento da tomada de posse e é feita pelo responsável
hierarquicamente superior (dirigente máximo ou membro do Governo). Os
dirigentes que não tiverem assinado a carta nessa altura, devem fazê-lo
até meados de Fevereiro, altura em que o Governo aprovará os objectivos
de avaliação apresentados pelos serviços.

10. Quais são os critérios?

Os dirigentes superiores são avaliados consoante o grau de cumprimento
dos compromissos assumidos na carta e as suas competências de liderança,
visão estratégica representação externa e de gestão. Apenas 5% do total
de dirigentes superiores pode obter desempenho excelente.

11. Como são avaliados os dirigentes intermédios?

A sua nota final depende dos resultados obtidos (75%) e das suas
competências (definidas num mínimo de cinco, que contam 25%). A nota
referente aos resultados corresponde à média das classificações obtidas
para cada objectivo traçado (que pode ser considerado superado, atingido
ou não atingido). Do mesmo modo, a nota referente ao parâmetro das
competências corresponde à média das notas conseguidas em cada uma
delas. No final, e consoante os pontos reunidos em cada parâmetro, os
dirigentes podem ter um desempenho relevante, adequado ou inadequado.
Para já vão existir quotas (só 25% pode ter relevante e destes só 5%
podem ter excelente), mas o secretário de Estado da Administração
Pública, João Figueiredo, afirmou em Outubro do ano passado que vão
desaparecer “quando a cultura de exigência estiver suficientemente
alargada”.

12. E os funcionários?

Pelos seu chefe imediato, anualmente. A nota é constituída em 60% pelos
resultados obtidos e em 40% pelas competências demonstradas. A avaliação
dos resultados, a classificação do desempenho e os pontos obtidos têm as
mesmas regras dos dirigentes intermédios.



13. São todos avaliados da mesma forma?

Pode haver um regime transitório, de três anos, baseado apenas em
competências, para os trabalhadores cuja carreira exija a escolaridade
obrigatória ou o 12º ano e que desenvolvam tarefas de rotina,
previamente determinadas.

14. E os corpos especiais?

Para os corpos especiais do Estado (médicos, enfermeiros, professores,
autarquias, diplomatas, polícias e investigadores) o SIADAP deverá ser
adaptado, mas ainda não são conhecidas todas as regras.

15. De que valem aos dirigentes e funcionários as boas notas?

São atribuídos prémios aos dirigentes superiores, de acordo com o
Estatuto do Pessoal Dirigente. As chefias intermédias e os funcionários
também têm direito a prémios, mas só depois de terem alcançado 10 pontos
e estão dependentes da disponibilidade orçamental.

16. E para os serviços? Vale a pena lutar pela distinção de excelente?

Sim. O serviço que for distinguido vê, durante um ano, a quota de notas
relevantes a atribuir aos dirigentes intermédios e trabalhadores
aumentada de 25% para 35%. A quota de excelente também passa de 5% para
10%. Além disso, o mérito permite também o reforço orçamental para subir
ordenados, atribuir prémios ou dinamizar projectos de melhoria.

17 Quando se conhece o resultado da avaliação?

A avaliação é comunicada aos funcionários numa reunião com o seu
avaliador, que deve ser realizada no mês de Fevereiro.

18. O que acontece a quem obtiver más notas?

O funcionário público que tiver dois anos seguidos classificação mínima
é sujeito a um processo disciplinar que, em último caso, pode levar ao
despedimento. Os dirigentes com mau desempenho podem ver o seu contrato
cessado.

19. E se o trabalhador considerar a avaliação injusta?

Tem sete dias úteis para reclamar junto de um árbitro, a Comissão
Paritária (que integra representantes dos trabalhadores). A decisão é
homologada até 30 de Março, mas pode ainda ser sujeita a nova
reclamação, num prazo de cinco dias.

Margarida Peixoto – Diário Económico

16/03/09

OS AUXILIARES ENFRENTAM A MORTE

Actualmente, em Portugal, das pessoas que morrem por doença, 60% morrem nos hospitais.
Há até quem pense que morrer em casa é um sinal de atraso ou de negligência. Claro que pode haver casos e nós sabemos que existem pessoas que não cuidam bem dos enfermos em casa. Mas a maioria daqueles que morrem nos hospitais, morrem sós, debaixo dos lençois e escondidos por um par de biombos colocados pelo Auxiliar de Acção Médica a pedido do enfermeiro.
Há alguns que despejam o familiar nas mãos do Serviço de Urgência e aguardam que façam o milagre e esquecem que só o poder de Deus é capaz de o tornar realidade. E como os enfermeiros, médicos e todos os outros profissionais não possuem poderes celestiais, fazem aquilo que podem e enviam o moribundo para o serviço de internamento. E aí é recebido pelo enfermeiro que logo de seguida chama pelo auxiliar para ajudar no que fôr preciso. Algumas vezes o doente fica e os familiares vão para suas casas. Passadas umas horas regressam porque aquilo que se previa aconteceu mesmo.
Pergunto eu: não morreu em casa porquê?
O corpo estava doente e nada havia a fazer, mas será que morrer no hospital é como conseguir afastar a dor e o sofrimento?
Os Auxiliares de Acção Médica e também os enfermeiros vivem constantemente entre a morte e a dor.Que formação recebem os auxiliares de acção médica para lidar com situações de morte?
Eu quase que diria nenhuma. Ou seja, como outras coisas, os auxiliares de acção médica têm que se valer deles próprios e da sua capacidade pessoal para lidar com estas situações.
Bem que necessitamos de formação na área dos cuidados paliativos. Os doentes também carecem de melhores cuidados e os auxiliares estão muito tempo junto deles. Tudo o que serve para a humanização do nosso trabalho deve ser um direito nosso. Temos que também exigir mais e melhor formação e temos que ser nós a tomar iniciativa nesse sentido.

15/03/09

X JORNADAS AUXILIARES DE ACÇÃO MÉDICA-HOSPITAL GARCIA DA ORTA ( Almada )


Clique nas imagens para ler melhor!

Já lá vão nove jornadas. Vêm aí as X Jornadas dos Auxiliares de Acção Médica do Hospital da Orta. Vamos lá, colegas, já que Maomé não vai à montanha...


1ºCONGRESSO ASSISTENTE OPERACIONAL C.H.T.M.A.D.


Clicar nas imagens para ver melhor!

É o 1º de muitos. Tudo começa no início. Aqui fica a informação relativa a este 1ºCongresso dos Assistentes Operacionais deste Centro Hospitalar. Quem puder marque presença.


10/03/09

JORNADAS

III JORNADAS DA A.T.S.G.S ( ERMESINDE )

Programa



Ficha de inscrição:


08/03/09

XI CONGRESSO DOS AUXILIARES DE ACÇÃO MÉDICA DO NORTE

Ontem, 7 de Março de 2009, teve lugar no Fórum da Maia, o XI Congresso dos A.A.M. do Norte. Estiveram presentes mais de 800 profissionais vindos de norte a sul do país e também um grupo que veio dos Açores.
O tema para este encontro foi "Passado...Presente! Futuro?..."
O congresso, organizado pelo colega Fernando mereceu o aplauso de todos os presentes. Como de costume, iniciou-se com a Abertura Solene e durante todo o dia foram apresentados diversos trabalhos de informação e reflexão relacionados com a profissão dos Auxiliares de Acção Médica.



Abertura solene


O dia foi longo e mesmo assim as pessoas mostraram sempre interesse nos vários temas que foram dignamente apresentados. Ficámos a saber que os dirigentes da A.T.S.G.S sob a presidência do senhor António Pinto, vão ser recebidos pelo Ministério da Saúde. Com a ajuda da Dra. Ana Araújo e a teimosia dos dirigentes da associação, está para breve uma audição durante a qual os dirigentes da A.T.S.G.S. querem ser bem informados acerca do futuro dos Auxiliares de Acção Médica e dos trabalhadores dos ex-Serviços Gerais ( agora integrados como Assistentes Operacionais) e também vão fazer sentir aos responsáveis políticos da necessidade de esclarecer, de uma vez por todas, as funções que vão desempenhar os assistentes operacionais e solicitar a inclusão de outras tarefas que vamos desempenhando no nosso dia a dia, mas que nada há escrito. Ou seja, solicitar ao MS que escreva preto no branco as funções dos Assistentes Operacionais, sem esqueecer a especeficidade e a importância do nosso trabalho para a melhoria dos cuidados de saúde aos utentes que neecessitem de prestação de cuidados de saúde.

Dra.Ana Araújo
A dra.Ana Araújo teve a amabilidade de estar presente no nosso congresso. Mostrou-se espantada com o que pretendem fazer com os Auxiliares de Acção Médica. No seu entender, é inaceitável e estão a regredir em relação àquilo que ela tanto defendeu quando apresentou um trabalho que agora este governo revogou e pretende deitar ao lixo. Se as coisas não mudarem, os AAM passarão a pessoal indiferenciado. Mais, diz a Dra.Ana Araújo, que voltamos ao antes de Abril de 1974. É que as exigências futuras vão ser maiores, tanto ao nível de formação, como também ao nível de horas e condições de trabalho. Mas a verdade é que essas exigências, mesmo só agora introduzidas por pressão da UE, não são acompanhadas com direitos e remunerações compatíveis com essas mudanças.
De facto, os Auxiliares de Acção Médica, em Portugal rondam os 35.000 profissionais. Parecendo muitos, quem visitar os hospitais vereficará que ainda somos poucos e que trabalhamos como escravos. Trabalho não nos falta e muitas vezes o prémio não chega. Valemo-nos é dos afectos e carinhos que recebemos dos doentes e familiares. Quem está disposto a trabalhar num hospital, com horários contínuos que incluem sábados, domingos, feriados, noites, tardes e manhãs e correndo um sem número de riscos para a sua saúde e por isso recebe 483€ de salário base...com suplementos e subsídios de refeição não chega muitas vezes aos 700€ mensais??? Ai mãe...................


Procurando o rosto







O caro fez-se barato
Há muito para fazer. Há muito para aprender.
O meu desejo é que as coisas de facto mudem. Não podemos continuar como até aqui. É tempo de mostrar a nossa força e mostrar ao país que a nossa função, que o nosso trabalho melhorará na medida em que as leis nos ajudem a trabalhar com total transparência e reciprocidade.

06/03/09

AUXILIARES DE ACÇÃO MÉDICA EM CONGRESSO NA MAIA

Os Auxiliares de Acção Médica vão amanhã, dia 7 de Março, reunir-se em congresso a realizar no Fórum da Maia.
Estes encontros periódicos têm contribuido para o desenvolvimento e qualidade da nossa actividade profissional.A nossa função centra-se numa relação interpessoal e a formação devia ser uma constante na nossa vida. Todos reconhecem a importância da formação contínua dos auxiliares de acção médica. Mas na prática, os departamentos de formação onde trabalhamos deixam muitas vezes no esquecimento as nossas necessidades e os seus deveres de facultarem mais formação.
É tempo de os Auxiliares de Acção Médica se afirmrem como um grupo fundamental no servço nacional de saúde, em particular, nos hospitais.
Já que a formação não nos é facultada, resta-nos estes congressos. Tratam-se de encontros de profissionais que procuram melhorias para o desempenho das suas funções. E nada melhor que ouvir e partilhar as experiências vividas por colegas, por outros profissionais de saúde. E importante também nestes encontros, é o convívio e os conhecimentos que se obtêm durante o congresso.
Lá estarei amanhã.

05/03/09

A IMPORTÂNCIA DO NOME

Todos temos um nome próprio. Cada um de nós, quer goste ou não, esteja doente ou de boa saúde, é um ser humano com nome. Claro que não foi escolhido por nós e não contaram com a nossa opinião. E o nome vai identificar cada um de nós durante todo o tempo em que vivermos.
Quantos doentes dos hospitais são tratados pelo nome? Quantas vezes a pessoa doente não é chamada pelo número da cama que lhe coube na altura do seu internamento?
Nós, os profissionais dos serviços de saúde, não nos podemos esquecer que cada doente tem um nome como o nosso. Também ele gosta de ser chamado pelo seu nome.